segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sobre os autores Amanda Silva, Alex Baldomá e Alex Oliveira.

Os três autores que se seguem a este texto são jovens aprendizes de fotografia que desfrutam de uma habilidade para perceber 'detalhes urbanos', principalmente no que diz respeito a mobiliários ou ferramentas quase imperceptíveis ao olhar desatento. Amanda Silva, nos revela através das suas imagens capturadas em territóio da América do Norte, mais precisamente nos Estados Unidos da América, o confronto das linhas que traçam e redesenham o 'corpo' urbano, direcionando nosso olhar para os prazeres subjetivos, e objetivos, então camuflados sob os valores protecionistas de uma cultura que é contraditória por si mesma, pelo corpo e para o corpo. Alex Baldomá traça um perfil dos caminhos inacabados e demarcados por registros territoriais e segregacionistas das sociedades contemporâneas. As vias urbanas, que ora estão transitáveis e ora estão intransitáveis, tem em sua maior parte do tempo - por longo tempo -, significados distintos e que acabam nos revelando uma outra margem dos espelhos da sociedade. Dominado pela pureza da luz que banha diferentes fronteiras, Alex Oliveira, dirige seu olhar para o inusitado, para o inesperado para o invisível dentro da rotina do visível. Da cromogenia do girasol para a quase moncromia de "Pessoas invisíveis" o autor nos demonstra total poesia através da construção analógica entre a luz e a matéria. Do corpo amarelo do girasol que repousa sobre a base escura e brilhante da pedra mármore, ao quase indecifrável corpo invisível do passante com destino ao ponto de ônibus, ambos os 'corpos' em movimento em uma urbis que agoniza e nos faz refletir sobre o "intransitável" nas paralelas que criamos.

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